Foi oficialmente anunciado, no V Congresso Mundial das Reservas da Biosfera, que a Arrábida recebeu a distinção de Reserva da Biosfera pela UNESCO. Esta candidatura foi apresentada pela Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS), em conjunto com os Municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra e o Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).
Este reconhecimento internacional enquadra-se no programa científico “O Homem e a Biosfera” (Man and the Biosphere – MAB) da UNESCO, que visa promover uma relação harmoniosa entre as comunidades humanas e os ecossistemas. O programa concilia a conservação da natureza com um desenvolvimento económico, social e ambientalmente sustentável, envolvendo de forma ativa as populações locais.
A classificação representa um esforço coletivo para ver reconhecido o valor único do território da Arrábida, os seus valores de conservação e o trabalho em defesa do ambiente e promoção da natureza na região. Este galardão contribui para o desenvolvimento económico da região e cria melhores condições para defender os valores naturais, harmonizando a salvaguarda da natureza com as atividades económicas que caracterizam o território abrangido pelos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra.
Mais do que uma certificação, este é um título que traz uma valiosa conquista e uma responsabilidade acrescida. Assume-se agora a missão de desenvolver este projeto para posicionar a Arrábida nos circuitos mundiais de conservação da natureza e de turismo de qualidade, promovendo um percurso de visita único.
As Reservas da Biosfera funcionam como laboratórios vivos de sustentabilidade, onde se promove a conservação da biodiversidade e da diversidade cultural, aliada a um desenvolvimento sustentável. O território da Arrábida viu assim reconhecida a sua singularidade, assente na riqueza do seu património natural – um dos principais ecossistemas nacionais, com habitats e espécies únicas a nível terrestre, marinho e costeiro – e na convivência harmoniosa que estabelece com as suas comunidades e atividades económicas tradicionais.
O processo de candidatura, iniciado em 2016, tinha como objetivo aprofundar o reconhecimento da Arrábida como um território de sustentabilidade, onde o desenvolvimento das atividades económicas, sociais e culturais coexiste com a salvaguarda, conservação e recuperação dos seus ecossistemas mediterrânicos.
Com esta distinção, a Arrábida passa a integrar a prestigiada Rede de Reservas da Biosfera de Portugal, que conta agora com 12 locais.
