Árvores de Setúbal

Árvores BKP

Três Oliveiras milenares

Três Oliveiras milenares

Três Oliveiras milenares

Sobreiro

Cipreste

Sobreiro

Melaleuca

Oliveira

Bela sombra

Pinheiro-de-Alepo

Lagunária

Tília

Duas Magnólias

Ulmeiro pendula

Cedro do Atlas

Cedro do Himalaia

Plátano

Pimenteira-bastarda

Pimenteira-do-Brasil

Choupo-negro

Dois exemplares de Grevília

Dois exemplares de Grevília

Hibisco-de-Norflok

Bôrdo-negro

Melaleuca

Dois Pinheiro-manso

Dois Pinheiro-manso

Conjunto de seis araucárias-de-Norfolk

Árvores

As árvores da cidade marcam meio caminho entre a natureza e a arquitectura. Responsáveis por funções ornamentais, paisagísticas e até experimentais, constituem a expressão da necessidade psicológica da natureza, trazendo um equilíbrio ecológico, não apenas através das suas funções reguladoras e de tratamento de natureza ambiental, mas também pelo abrigo e proteção que oferecem à fauna e flora, garantindo, uma melhoria na qualidade de vida dos cidadãos.

Dos inúmeros contributos da presença das árvores no meio urbano, destacam-se:

  • A depuração do ar contaminado pelo tráfego rodoviário e indústria;
  • A redução da poluição sonora - As copas das árvores exercem um efeito barreira;
  • A regulação microclimática – Reduzem a temperatura e aumentam a humidade;
  •  O incremento da biodiversidade animal.

A gestão e manutenção do património arbóreo segue medidas e normas ao nível do planeamento, as intervenções programam-se em cada etapa do seu desenvolvimento e visam minimizar os conflitos com os restantes elementos da paisagem urbana (entre os quais edificações, redes de Infraestruturas, pavimentos e utilizadores).

Exemplares harmoniosos e bem conformados fazem sobressair o porte e as características de cada espécie, enobrecendo os espaços verdes e o ambiente urbano.

Na altura de plantar uma árvore, esta tem de ser de uma espécie cuidadosamente escolhida, não só por motivos estéticos (diversidade de formas e cor das folhagens, flores e frutos), mas também pela sua adaptação ao clima e ao solo. Para além disso, é preciso confirmar se a copa da árvore, atingindo a fase adulta, tem espaço aéreo disponível para crescer, sem interferir com os elementos pré existentes (casas, fios elétricos, etc.).

O sistema radicular também deve ser tido em conta, já que as raízes necessitam de espaço livre para se desenvolverem e assim, alimentarem a árvore, garantindo-lhe estabilidade e segurança.

As podas radicais (como as podas de rolagem) são evitadas, por causarem feridas às árvores e, consequentemente, doenças como ataques de fungos, bactérias e insectos. Para além disso, alteram o seu equilíbrio mecânico e reduzem a esperança de vida das árvores.

Assim, a operação da poda começa no início da vida da árvore e deve ser praticada regularmente quando a árvore é jovem, de forma a evitar cortes excessivos e de grande diâmetro quando a árvore já está adulta.

O principal objetivo da poda é formar a árvore e dar-lhe uma estrutura robusta, para que cresça sem colocar em risco a segurança de bens ou pessoas. Em árvores adultas, a poda tem como principal objetivo manter a estrutura, a saúde e a forma da árvore.

O meio urbano, em geral, não pode oferecer às árvores as melhores condições de vida, pelo que o desenvolvimento de uma árvore plantada numa rua apresenta diferenças estéticas notáveis em comparação com uma árvore da mesma espécie e idade em condições naturais ou num parque, sobretudo se se tratar de uma espécie mais sensível.

O subsolo está muito congestionado pelas redes, as raízes têm um espaço reduzido, embora necessitem de uma superfície equivalente ao espaço da copa projetada no solo.

Outros fatores como a largura e orientação da rua, a disponibilidade de solo, o tipo de pavimento (permeável ou impermeável), a altura dos edifícios, o grau de insolação, a falta de água, as sombras projetadas, os usos dos edifícios, agressões relacionadas com o tráfego automóvel ou derrames de contaminantes junto aos troncos., incidem de forma notável na capacidade de sobrevivência de cada espécie. No entanto, as árvores desempenham ainda um papel bastante importante como agente moderador do efeito de ilha de calor urbano, proporcionando zonas de sombra e frescura.

Qualquer actividade que decorra sob uma árvore, à superfície ou no subsolo, constitui uma ameaça, mesmo que aparentemente inofensiva, como o armazenamento de equipamento ou materiais e o tráfego de pequenos veículos ou pessoas.     

Trabalhos de construção e a instalação das infra-estruturas da cidade (quer acima, quer abaixo do solo) aumentam os conflitos com as árvores já existentes.

Numa primeira fase, a avaliação das árvores passa pela análise visual da sua vitalidade, sintomas e defeitos, seguindo-se a avaliação da gravidade dos danos internos das árvores, como cavidades e podridões e, caso seja necessário, completa-se o diagnóstico com o uso de instrumentos especializados para a medição dos defeitos e avaliação da estabilidade da árvore.

Em situações de perigo iminente, devidamente comprovado, como reconhecido prejuízo para a salubridade e segurança de pessoas, edifícios e bens, graves danos radiculares, situações de pragas, problemas fitossanitários irreversíveis e todos os outros casos em que as medidas mitigadoras não são viáveis, programa-se a remoção da árvore e considera-se a sua substituição, desde que as condições do local o permitam.

Nos arruamentos, a viabilidade de arranque ou rebaixamento de cepos depende do parecer técnico das empresas com infra-estruturas subterrâneas no local - GÁS, EDP, Águas do Sado e Telecomunicações.

Quando é viável o arranque dos cepos, a sua extração é realizada e, posteriormente planta-se uma nova árvore no mesmo local. Nas caldeiras, onde não existe possibilidade de se efetuarem novas plantações, procede-se ao rebaixamento dos cepos com vista ao calcetamento e anulação da caldeira.

As lenhas resultantes das ações de manutenção em arvoredo, como as podas ou abates, são estilhaçadas por um estilhaçador - que está no Viveiro Municipal das Amoreiras - e as aparas resultantes desta operação são utilizadas como cobertura nos canteiros do município.

Inventário das árvores

Caracterização geral do arvoredo

Em espaço público, nos arruamentos, parques, jardins e escolas básicas, estão plantadas dezenas de espécies de árvores, de cores e formas diferentes, que melhoram o aspeto estético da cidade e contribuem para dar a identidade às nossas ruas e espaços verdes e para melhorar as condições ambientais.

De acordo com o último Inventário dos Espaços Verdes de Setúbal, estão inventariadas no concelho 26.528 árvores.

Na aplicação geoportal da CMS, está disponibilizado o inventário completo e detalhado de todas as árvores, com a identificação da espécie, localização e condição da árvore.

Através desta aplicação, pode pesquisar uma determinada espécie para saber onde é que os seus exemplares se encontram, dentro do concelho de Setúbal. Pode ainda consultar os dados sobre as árvores existentes num determinado arruamento ou jardim.

Como nesta plataforma todas as árvores estão numeradas, é possível solicitar uma intervenção ou fazer uma sugestão acerca de uma árvore em concreto.

Árvores com o estatuto de interesse público

Setúbal, pelas suas características ambientais e históricas, beneficia de uma grande biodiversidade de espécies vegetais, um conjunto de recursos naturais e urbanos que apresentem características excecionais do ponto de vista científico, histórico, cultural e social.

Estes elementos vegetais constituem um património arbóreo sustentável, que está inserido no património ambiental e cultural. Nesta perspetiva, os objetivos estratégicos do Município são, fazer do concelho um exemplo de desenvolvimento sustentável, inspirada na Carta de Barcelona, Declaração do Direito da Árvore na Cidade. 

«Na qual reconhece-se que:

- A cidade precisa da árvore como elemento essencial para garantir a Vida;

- O desenvolvimento das árvores na cidade deve ocorrer em toda a sua plenitude, aproveitando o que nos oferece em todo o seu potencial, se dispõe do espaço e as condições necessárias;

- O sistema de árvores de nossas cidades é um sistema básico. E, como tal, deve ser avaliado, planificado e gerido;

- A árvore contribui para o enraizamento da Cultura no lugar e na melhoria das condições de habitabilidade no ambiente urbano, ambos os fatores, determinantes da qualidade de vida na cidade.

Comprometemo-nos,

- Como cidadãos, como profissionais que desenvolvemos nossa atividade em torno das estruturas, formas e dinâmicas da Cidade, como profissionais da árvore, pessoalmente e através de nossas instituições para:

- Situar a árvore na sua função básica, como um dos primeiros Recursos Patrimoniais da Cidade;

- Desenvolver e promover, de forma integral e contínua, informações, inventários, técnicas de gestão, práticas, procedimentos, produtos, serviços e normas que permitem a implementação da Árvore na Cidade, em condições de Qualidade e Dignidade;

- Divulgar, informar e formar o público em geral, aos diversos coletivos de profissionais, aos setores industriais e de serviços, escolas, institutos e universidades, sobre a importância essencial da Árvore na Vida da Cidade;

- Estabelecer políticas, regulamentos, normativas e práticas na Administração e Governo da Cidade que garantam as condições ótimas para a vida da árvore."

Carta de Barcelona, Declaração do Direito da Árvore

A classificação do arvoredo de interesse municipal constitui uma prioridade da Câmara Municipal de Setúbal que tem por objetivo identificar, valorizar, preservar o património arbóreo local contribuindo para a sua proteção e conservação, potenciando a divulgação e a valorização do mesmo.

O Município de Setúbal tem 21 árvores classificadas com o estatuto de interesse público, atribuído pelo ICNF. Estas árvores notáveis foram distinguidas pela sua representatividade, beleza, raridade ou idade e constituem um património de elevado valor ecológico, paisagístico, cultural e histórico.

Assim sendo, beneficiam de uma zona de proteção especial.

Estas árvores e respetiva caracterização também estarão disponíveis na aplicação geoportal da CMS.

Árvores propostas para Classificação de Interesse Público

Árvore N.ºFreguesia/LugarNome CientíficoNome VulgarIdade
1União das Freguesias de Setúbal / Parque do BonfimSequoia sempervirensSequoia95
2União das Freguesias de Setúbal / Parque do BonfimAraucaria bidwilliPinheiro buniaCentenária
3União das Freguesias de Setúbal / Parque do BonfimPlatanus acerifóliaPlátano105
4União das Freguesias de Setúbal / Av. Frei António Chagas N.º 22Cedrus deodaraCedro do Himalaia70
5União das Freguesias de Setúbal / Av. Frei António Chagas N º24Cedrus atlanticaCedro do Atlas70
6União das Freguesias de Setúbal / Praça Teófilo Braga N.º 2Ulmus glabra pendulaUlmeiro Pendula90
7União das Freguesias de Setúbal / Av. Luísa Todi N.º 137Magnólia grandifloraMagnólia93
8União das Freguesias de Setúbal / Av. Luísa Todi N.º 133Magnólia grandifloraMagnólia85
9União das Freguesias de Setúbal / Jardim do QuebedoTilia tomentosaTília96
10União das Freguesias de Setúbal / Jardim do QuebedoLagunaria patersoniiLagunária92
11União das Freguesias de Setúbal / Jardim do QuebedoPinus halepensisPinheiro-de-Alepo90
12União das Freguesias de Setúbal / Parque de VanicelosPhytolacca dioicaBela Sombra60
13União das Freguesias de Setúbal / R. Nª Sra do Carmo nº10Olea europaeaOliveiraMilenar
14S. Sebastião / Parque do Monte BeloMelaleuca armilarisMelaleuca35
15S. Sebastião / Av. Mestre Lima de Freitas, junto à R. João Maria Afonso LopesQuercus suberSobreiroCentenária
16S. Sebastião / Cemitério da Nossa Sra. da PiedadeCupressus sempervirensCipresteCentenária
17S. Sebastião / Cemitério da PazQuercus suberSobreiroCentenária

Arvoredo de Interesse Público

DistritoConcelhoFreguesia/LugarN.º ProcessoNome CientíficoNome VulgarDescriçãoClassificaçãoIdade
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)
Quinta Velha - E.N. 10, Km 26,6
KNJ1/153Olea europaea L. var. europaeaOliveira 2Exemplar IsoladoD.G. N.º 253 II Série de 29/10/592009
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)
Quinta Velha - E.N. 10, Km 26,6
KNJ1/154Olea europaea L. var. europaeaOliveira 3Exemplar IsoladoD.G. N.º 253 II Série de 29/10/592009
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Largo José Afonso
KNJ3/065Araucaria heterophylla (Salisb.) FrancoAraucária-de-norfolk (6 exemplares)Conjunto ArbóreoAviso N.º 2 de 27/03/200990
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Rua Engº Henri Perron
KNJ1/523Pinus pinea L.Pinheiro-mansoExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/2009106
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Azeitão (São Lourenço e São Simão)
Quinta Velha, Vila Freca de Azeitão E.N. 10, Km 26,6
KNJ1/152Olea europaea L. var. europaeaOliveira 1Exemplar IsoladoD.G. N.º 253 II Série de 29/10/592009
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Jardim Engº Luís da Fonseca
KNJ1/533Melaleuca armilaris SmithMelaleucaExemplar IsoladoAviso N.º 6 de 18/06/2009, rectificado
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Parque do Bonfim
KNJ1/521Acer negundo L.Bôrdo-negroExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/2009100
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Rua Oliveira Martins. Largo de Montalvão
KNJ1/522Lagunaria patersonii (And.) G. DonHibisco-de-norfolkExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/200951
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Largo Marquês de Pombal
KNJ1/519Grevillea robusta A. Cunn.GrevíliaExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/200986
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Praceta Manuel Nunes de Almeida
KNJ1/526Populus nigra L.Choupo-negroExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/200986
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Praceta Manuel Nunes de Almeida
KNJ1/527Populus nigra L.Choupo-negroExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/200986
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Avenida da Portela
KNJ1/528Schinus terebenthifolius Raddi.Pimenteira-do-brasilExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/200966
SetúbalSetúbalSetúbal (São Sebastião)
Jardim de Palhais
KNJ1/529Schinus molle L.Pimenteira-bastardaExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/200985
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Largo Marquês de Pombal
KNJ1/520Grevillea robusta A. Cunn.GrevíliaExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/200986
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Rua Engº Henri Perron
KNJ1/524Pinus pinea L.Pinheiro-mansoExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/2009106
SetúbalSetúbalUnião das Freguesias de Setúbal (São Julião, Nossa Senhora da Anunciada e Santa Maria da Graça)
Largo Dr. Francisco Soveral
KNJ1/525Platanus hybrida Brot.PlátanoExemplar IsoladoAviso N.º 2 de 27/03/200960