Pragas Urbanas

Causas e Soluções

Principal causa das pragas

A insalubridade refere-se a situações em que não estão asseguradas as condições de higiene adequadas, como situações de acumulação de dejetos e/ou detritos associados à presença dos animais, como restos de alimentos, urina, fezes, pelos, penas ou parasitas, que por sua vez podem conduzir ao aparecimento e proliferação de pragas e espécies oportunistas (ratos, ratazanas, pombos e gaivotas).

A insalubridade pode afetar o alojamento do animal ou a via pública onde este é alimentando ou transita.

Embora seja inevitável que a sujidade aumente na presença de animais, a falta de higiene raramente parte destes. Todos os animais são asseados por natureza e são as más condições de maneio que danificam o mecanismo natural da higiene animal, nomeadamente o confinamento, a sobrepopulação e a negligência dos detentores.

Como medida de controlo sobre a insalubridade na via pública, o regulamento municipal define a proibição de alimentação dos animais na via pública, excepto a alimentação de gatos de colónia controlada, ou seja, de uma colónia referenciada, esterilizada e que é acompanhada pelos serviços municipais. Esta alimentação é da responsabilidade das pessoas designadas para essa função, que o fazem garantindo os princípios de higiene e bem-estar animal;

As situações de insalubridade no interior de habitações e na via pública devem ser reportadas à Câmara Municipal, através da nossa linha de atendimento do ambiente ou do gabinete de participação cidadã (gapc@mun-setubal.pt). Deve fazê-lo para requerer a intervenção da fiscalização, do veterinário do município ou dos serviços de limpeza municipais.

Comportamentos de risco

O controlo de pragas é uma preocupação constante do município, pois em virtude da proximidade do estuário do Rio Sado existem condições muito favoráveis à multiplicação de insetos, roedores e ainda algumas aves com hábitos nefastos.

Não sendo possível erradicar definitivamente a presença destes agentes, que causam elevados prejuízos materiais e podem pôr em risco a saúde pública, o município realiza regularmente tratamentos para promover o controlo de pragas por todo o território do concelho.

Para conseguir fazer um controlo eficaz, é necessária a sensibilização dos munícipes para que não adotem comportamentos que podem levar à propagação de pragas:

  • Não coloque alimentos para animais na via pública

O regulamento municipal proíbe a colocação de alimento para animais na via pública, precisamente porque a disponibilidade de comida promove não só o bem-estar das espécies que queremos proteger e alimentar, mas também a de espécies indesejadas, como os ratos, pombos e gaivotas que invariavelmente tenderão a apropriar-se dos restos de comida assim que os outros animais, a quem a comida se destinava, se ausentarem do ponto de alimentação.

A alimentação de cães que deambulam na rua, dispondo estes de alimento no respetivo lar, instiga-os a continuar na sua demanda por fêmeas ou por petiscos sem que tenham necessidade disso.
A alimentação de gatos na rua deverá ser apenas realizada por pessoas que, em colaboração com o município, seguem boas práticas de cuidado a gatos de colónias e de várias formas previnem a acumulação de resíduos e conspurcação no espaço público.

As demais pessoas não autorizadas a alimentar e que são muitas das vezes responsáveis pela errada alimentação de animais na via pública, deverão ser sancionadas pois a elas se atribui parte da responsabilidade de promover o aparecimento e manutenção das pragas na cidade.

A fiscalização municipal aplica coimas a partir de 25€ aos infratores.

O que o município faz?

O município assegura a sua tarefa de higienização das ruas e equipamentos, recolha dos resíduos em espaço público e sensibilização populacional para a manutenção de uma cidade limpa.

O serviço municipal, em articulação com parceiros especializados no controlo de pragas, realiza de forma planeada a gestão de pragas ao nível de instituições públicas tais como escolas, habitação municipal, edifícios públicos e ruas, para garantir às populações a segurança e saúde.

Certas condicionantes atmosféricas ou meteorológicas contrariam o esforço que a Câmara Municipal de Setúbal faz para manter níveis mínimos de mosquitos, moscas, baratas ou ratos e é possível que em determinadas alturas do ano, independentemente da contínua prestação do serviço de desinfestações, continuem a existir números significativos destes agentes pela cidade.

São periodicamente feitas ações de controlo de pragas, através da colocação de produtos inseticidas e rodenticidas, devidamente resguardados em locais fora do alcance de pessoas e de outros animais. A redução dos abrigos e recursos favoráveis à persistência dos insetos e roedores em espaços públicos, através de obras de reparação na via, construções e adoção de equipamentos urbanos anti-roedores e entaipamento de infraestruturas que possam servir de refúgio a estas espécies são outras das ações desempenhadas. Para complementar estas medidas, está-se a dar preferência à implementação de contentores enterrados no solo.

As limpezas das valas e desmatações em baldios próximos das áreas habitacionais também são ações desenvolvidas pelo município que ajudam a controlar este problema.

Os tratamentos fitossanitários são efetuado regularmente, pela Câmara Municipal de Setúbal, que os executa preventivamente ou quando necessário, com os produtos homologados do mercado e sempre segundo a legislação em vigor. Dever-se-á manter uma vigilância constante a fim de se efetuarem os tratamentos necessários, imediatamente aquando do aparecimento de qualquer tipo de praga ou doença. Os locais sujeitos a tratamento com recurso a produtos tóxicos ou irritantes são assinalados com placas de aviso visíveis para o público.

Outra forma de combate de pragas levado a cabo pelo município, é o controlo biológico de pragas de “afídeos” através de insetos auxiliares

No Verão, algumas espécies de árvores ornamentais, são bastante atacadas por insectos afídeos, mais conhecidos por “piolhos” que se alimentam das suas folhas, causando-lhes deformações e amarelecimentos. Para além disso, excretam abundantes meladas, o que leva ao aparecimento de ataques de fumagina.

De forma a estabelecer-se o equilíbrio em meio urbano, são integrados organismos auxiliares que parasitam os afídeos.

Entre Junho e Setembro, conforme as condições climáticas, as equipas de arboricultores fazem as largadas dos auxiliares através de “biobox” instaladas nas árvores. Estas “biobox” são caixas que têm no seu interior os organismos que irão combater a praga.